(Ainda a história do Jornalismo Cidadão)
Bem-vindos à Era Digital!
Neste momento todos nós, malta que anda pela net e interage entre si, tens uns blogues e outras tantas contas em redes sociais, podemos criar conteúdos e passar da esfera de meros consumidores para a não menos fashion esfera dos criadores.
Lembram-se do meu primeiro post neste espaço? Ora pois bem, não mudei de ideias e ainda continuo defensora da diferença entre estes novos conteúdos criados e partilhados pelos novos actores da prática informativa, e que estão desfasados de consciência profissional.
Entretanto andei a ler umas coisas: Press Think, Jay Rosen
The people formerly known as the audience are those who were on the receiving end of a media system that ran one way, in a broadcasting pattern, with high entry fees and a few firms competing to speak very loudly while the rest of the population listened in isolation from one another— and who today are not in a situation like that at all.
A esfera está a mudar. E o que outrora era chamado de audiência, hoje em dia é o nosso público, o tal que denominei por querer intervir e ser auscultado. Que quer fazer parte da construção da realidade noticiosa e colaborar com opiniões, ideias, fotos in loco, etc.
O desenvolvimento tecnológico criou ferramentas. Ferramentas poderosas que dão a este público uma boa desculpa para ‘meter mãos à obra’ e iniciar uma bricolage sem precedentes.
Howard Owens, jornalista do The Batavian, N.Y, lança novas achas para esta fogueira, as quais reporto de seguida:
I love the idea that stories are no longer static. We no longer live an era when an article is discussed with an editor, researched with an eye toward "the official record," written with great seriousness, edited with great thoroughness, and committed to paper as an inviolate document (at least, that's the newspaper journalistic ideal).
Now, the savvy Web journalist can take what he knows, publish immediately, correct on the fly, collect input from readers (might be a comment, a phone call, an e-mail, a Tweet, etc.), link to a responding blog post, write an update, and let the story breathe its own life, whether that life might be minutes or days.
And, of course, any member of the "people formerly known as the audience" can start from scratch themselves, any place, any time and for their own purposes.
E remata:
This approach leads, or should, I believe, to better informed citizens, and I hope, to greater civic engagement.
Opiniões já sabem: na caxinha de comentários e o buzz do costume nas redes.
A co-criação de valor (nomeadamente os seus efeitos benéficos ao nível emocional) é já um fenómeno bastante estudado em psicologia do consumo. Os produtos/ serviços de informação não fogem à "regra". A interacção pode também gerar sentimentos negativos (fustração, raiva, ...) mas é maior a frequência de sentimentos positivos.
ResponderEliminarPor outro lado, a rapidez e sofreguidão com que se consome informação não são propícias a um processamento "profundo". Manchetes, buzzwords, tags, etc. substituem-se à notícia ou à história. Isso pode ser perigoso, na medida em que os títulos são reproduzidos sem verificação da consistência dos conteúdos, mas o envolvimento de "people formerly known as the audience" pode criar correntes alternativas.
Veja-se este exemplo: http://bit.ly/cvsqpT