Após a enorme frustração jornalística que constituiu o
furacão Gordon e já que no Algarve não há, ao menos, uma derrocada que abafe
três ou quatro turistas, há que alimentar a “silly season” com o tubarão da
praxe. A notícia andou aí espalhada pelos jornais e tvs, mas o ponto alto foi
quando hoje, em prime-time televisivo à hora de almoço, vejo em oráculo a
informação “tubarão avistado a dois metros da linha de costa”. Os depoimentos
que se seguiram são do mais ridículo a que tenho assistido nos últimos anos em
matéria de informação televisiva supostamente séria. Fez-me rir, mas falta
saber por que razão, mesmo em tempo de férias, não há um diretor, um editor ou mesmo
um contínuo com um pingo de bom senso na estação capaz de evitar que aquilo
fosse para o ar. Não fosse com dois berros vindos de cima para baixo, fosse
simplesmente puxando uma ficha que desligasse a máquina da informação (chamemos-lhe
assim).
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