quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sobre uma notícia acerca de um bispo...

Não li ainda o artigo da Visão sobre as acusações a um bispo. Vou partir do princípio que está bem feita, bem sustentada em fontes credíveis e que o teor da mesma é de interesse público. Tanto mais que o jornalista que a assina é merecedor de que pensemos isso.

Não escrevo, portanto, sobre a reportagem da Visão. Mas pergunto: será legítimo que toda a comunicação social, pegando no trabalho de investigação (este ou outro) de um órgão de comunicação concorrente, faça disso notícia definitiva e tornando-a na “sua” verdade absoluta?

Afinal, não há por aí uma coisa no jornalismo que diz que as informações devem ser verificadas e as fontes cruzadas? Pegando-se simplesmente “no que diz a Visão” não é curto e “pouca fonte” para que outros que não a própria revista possam colocar no ar a notícia que, ainda por cima, afeta diretamente a imagem e bom nome de alguém?

E, note-se, quantas vezes não assistimos já a telejornais, noticiários de rádios e até primeiras páginas de jornais, titulando e anunciando como sendo factos algo que afinal é “apenas” a notícia que outros produziram?


Chegará dizer ou escrever a meio do texto que “segundo o jornal tal” ou “segundo o que escreve hoje não sei quem” para legitimar que se publiquem notícias de que, afinal, no concreto, não se sabe quase nada ou se sabe apenas o que é assegurado por alguém… por competente que seja quem escreveu a notícia original e por mais credível que possa parecer a mesma é legítimo que, sem mais investigação e cruzamento de fontes, simplesmente o tema vá para o ar apenas porque outro investigou?

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