sábado, 16 de fevereiro de 2013

O que (não) entende Vítor Pereira


Ao fim de 19 jornadas sem um penalty contra e sem uma expulsão, o Futebol Clube do Porto viu, nos últimos minutos de um jogo que ganhava por 2-0, um seu jogador excluído por duplo amarelo.

O treinador do Porto veio logo dizer que "não entende". Ora eu também não entendo.

Não entendo desde logo que uma equipa de futebol faça mais de 20 jogos em competições internas sem sofrer um penalty, apesar de uma dezena de mãos na área dos seus jogadores (entre os quais Mangala) terem entrado no critério da "bola na mão". Critério que, por várias vezes, foi usado ao contrário para dar pontos ao Porto (como se tentou fazer ainda no último jogo com o Olhanense).

Outra coisa em que estou com Vitor Pereira, não entendendo, é como é possível que uma equipa de futebol faça mais de 20 jogos internamente sem uma expulsão, seja por duplo amarelo seja por vermelho direto.

Certamente, que Vítor Pereira também estará comigo ao não entender como é possível Mangala ter jogado ontem contra o Beira-Mar, depois de ter feito, frente ao Olhanense, várias faltas para vermelho direto e de ter sido sistematicamente poupado mesmo ao amarelo. Numa das entradas, Mangala fez lembrar uma das piores a que assisti e que levou a UEFA a suspender Binya por seis jogos, há uns anos. Nem falta foi marcada e, certamente, embora não fale nisso, o treinador do Porto também não deve entender como.

Aliás, sob esse pontos de vista, não foi o segundo cartão amarelo - justificado - a Mangala que foi ridículo, mas o facto dele ter podido jogar frente ao Beira-Mar.

Vítor Pereira diz que não percebe. Eu também não percebo.

Mas há uma coisa que eu percebo bem: logo à noite o Benfica joga com a Académica, o que me transporta à 4ª jornada da Liga em que, na primeira volta, uma arbitragem essa sim ridícula, roubou dois pontos ao Benfica e Vítor Pereira não achou ridículo.

E, posto isto, e tudo o que se tem passado nas últimas épocas, percebo bem que o campeonato entrou já naquela fase em que cirurgicamente se decidem os campeonatos. Anestesia-se a opinião pública com uma conversa ridícula sobre uma expulsão justa (aconteceu ontem) e simultaneamente começam as "infelicidades" de árbitros internacionais em três ou quatro jogos consecutivos, normalmente incluindo Pedro Proença (começou na semana passada).

Estejamos, pois, atentos ao que se vai seguir e às considerações sobre o que acha ou não ridículo o Vítor e sobre o que entende ou não entende o dono da sua voz.

 

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