quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Seguro nos seus tempos de silêncio remunerado

François Hollande disse ontem que Portugal está a pagar os erros dos outros, referindo-se aos outros países, oferecendo “solidariedade”. António José Seguro apressou-se a concordar e aplaudir, afirmando que anda há um ano a dizer o mesmo. O
ra, assim, de forma indireta, Seguro acaba de passar uma esponja nas “nossas” próprias culpas, designadamente, nas recentes culpas. Falando claro, António José seguro, que passou seis anos num profundo e remunerado silêncio na última fila da bancada parlamentar do PS, não acha que a duplicação da nossa dívida pública nos seis anos de governação de Sócrates tenha alguma coisa a ver com a situação em que estamos. Um bom princípio para quem quer ser Primeiro-Ministro. Ou não quer? E já agora, se concorda com Hollande e até frequenta o Eliseu, seria bom que esclarecesse o que o presidente francês entende por “solidariedade”. É que se forem só palavras – como a sua “agenda para o crescimento” – e não vier acompanha 
de um chequezito, dispensamos bem a sua solidariedade.



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