sexta-feira, 25 de março de 2011

O engenheiro Kim Il-Sung e o seu palácio... ou a reeleição de Sócrates

Amanhã há eleições internas no Partido Socialista, havendo mais do que um candidato a Secretário-Geral. Por curiosidade, fui espreitar o site do PS. Além de não ter encontrado nenhuma referência ao ato eleitoral, todo o site está pejado de imagens do “grande líder” e de frases da sua campanha interna. Os outros candidatos, são ignorados. Numa altura em que se discute não apenas a substância mas também a forma como o Primeiro-Ministro nos trouxe a uma gravíssima crise financeira e orçamental – que somou à económica que já vivíamos – atirando-nos agora para uma inoportuna crise política, o Secretário-Geral do PS dá o exemplo dentro de portas daquilo que gostaria que acontecesse em Portugal. Um País governado de uma forma totalitária, anti-democrática, pouco livre e onde o direito á informação não existisse. Tenho pelo Partido Socialista o respeito que se deve ter por um partido cuja génese se confunde com a luta pela liberdade. Estranho que esse mesmo partido se tenha deixado domesticar por um projeto de tirano norte-coreano que apenas não vai mais longe porque o Mundo e a necessidade constante de andar de mão estendida para alimentar as suas megalomanias criminosas como Auto-estradas, TGV’s e Aeroportos não o deixam. E por isso pergunto: onde andam afinal os socialistas? Onde estão os lutadores pelos direitos fundamentais que nos devolveram vontade própria em Abril? Quem é este Sócrates que não apenas arruinou o País como destruiu um dos pilares da democracia portuguesa chamado Partido Socialista? O PS domesticado é a amostra daquilo que aconteceria se Sócrates continuasse, a partir de Junho, a ser Primeiro-Ministro. Orgulhosamente sós, recusando ajuda externa, acabaríamos de novo com o Escudo, a empobrecer e a viver, ora do vento nas eólicas enferrujadas, ora da chama de um petromax quando não houvesse mais dinheiro para a manutenção das “renováveis”. 
Claro que, nessa altura, o nosso “engenheiro” continuaria a assegurar que “resistimos bem à crise” e claro que o INE, na boa escola romena, continuaria a dar-nos números de uma crescente e estatística produção industrial extraordinária e o Banco de Portugal a dar-nos valores de crescimento económico exponencial…
 tal e qual como agora quando nos informa sobre cumprimentos orçamentais errados e nos diz que o défice é de 7% quanto afinal é de 8%. Nessa altura, não haveria desemprego. Nem emprego. Não haveria Portugal, mas apenas uma casa de província mal projetada e mal decorada a que o nosso Kim Il-Sung chamaria palácio.

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