domingo, 30 de maio de 2010

na violência não existem comparações:-a violência é toda igual apenas difere em grau.



Vem esta a propósito do professor que chamou preto a um aluno e do pai de um aluno que bateu num professor.

Como sempre houve muita notícia , muita média e muito isto e aquilo e como sempre houve os que misturaram um caso e outro para defender a tese de que se pais existem que são umas bestas , estão desculpados os professores que sejam também outras besta.


Como para mim uma besta é sempre uma besta mas diferente entre si de todas as outras, o caso parece-me digno de um poste à maneira, que eu cá de bestas não gosto mesmo nada sejam elas quais forem e estejam onde estiverem.

Claro que não é nada bonito nem desejável que os pais comecem agora a desancar professores.
Claro que é um crime e que deve ser punido.
Mas é claro também que nenhum professor tem o direito de se comportar como um racista e mais claro fica ainda que todo o acto racista é em si mesmo um acto violento e logo um crime.
Que imediatamente após a presumida agressão ao professor tenham aparecido em vários lugares várias figuras que dizendo-se professores ou ligados ao ensino numa de desculpar o acto racista do professor com a tal presumida agressão do tal pai , é totalmente inadmissível.

Nestas questões de bullying e de agressões , neste panorama em que professores obrigam alunos a fazer testes em que apenas está presente a forma absurda como certo tipo de gente se recusa a olhar o outro com a dignidade a que tem direito, independentemente da sua côr de pele, do seu estatuto religioso ou da sua opção sexual está a conduzir-nos a todos para um caminho perigoso que nada nos trará de bom e ao qual deveríamos pôr fim o mais depressa possível.

Na verdade tão violento foi o pai como o professor, com a diferença que o grau de violência de um professor é tão mais grave , quanto a sua progressão na escolaridade que obteve.

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