segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Chamam-me liberal, por favor... ou o horror socialista pelos bem informados

Quando se levantou na União Europeia a discussão sobre a liberdade de escolha dos cidadãos europeus em relação ao país em que querem receber cuidados de saúde, o Partido Socialista declarou votar contra. Segundo o PS português, poder ir receber sem pagar um tratamento ao estrangeiro seria uma “iniquidade”, uma vez que beneficiava os mais ricos, que assim poderiam pagar a viagem.

Ou seja, para o PS se um cidadão da classe média portuguesa tiver dinheiro para pagar um avião ou comboio a Espanha ou a França para receber um tratamento, a postura do Estado português deve ser deixá-lo morrer por cá, apenas porque há alguns que não podem viajar.

Hoje ouvi na TSF a ex-ministra da saúde de Sócrates, Ana Jorge, levantar problemas à liberdade de escolha do doente dentro do próprio país. Segundo a senhora que por acaso é médica e ficou famosa pelas alarmistas conferências de imprensa sobre a gripe A, há demasiados iletrados em Portugal, e esses não sabem escolher bem onde querem ser tratados, “o que provoca um problema de equidade”. Ou seja, segundo esta visão, o melhor é mesmo tratarmos todos como estúpidos e não deixar ninguém escolher.

Esta visão dogmática e quase soviética que o PS tem do Estado Social e do Serviço Público, esbarra em alguns pormenores. É que, entre os letrados de que se alimentam políticos com a Dra. Ana Jorge, há alguns que já leram qualquer coisa sobre o Marxismo-Leninismo e sabem, portanto, como começou e ainda no que se transformou o socialismo dogmático. Para não falar do pormenor do Sistema Nacional de Saúde ter consumido durante os Governos socialistas, em média, mais 10% de recursos ao ano, apesar dos encerramentos de serviços no interior do País que, espantemo-nos, nunca levantou problemas de equidade ao PS.

Chamem-me o que quiserem, mas esta visão de equidade, promovida por uma Constituição quase soviética, assim bem entendida pelos juízes do Tribunal Constitucional e, evidentemente, pelo maior partido da oposição em Portugal, está a matar Portugal. Ou pelo menos parte de Portugal. É que, mesmo entre os iletrados, há alguns que pensam, apesar disso escapar ao entendimento da Dra. Ana Jorge e da elite socialista portuguesa.

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