terça-feira, 18 de outubro de 2011

As contas de merceeiro que Sócrates não soube (ou não quis) fazer


Há momentos em que a simplificação é importante. Aliás, dá-me ideia que durante anos andámos a ser governados por tipos que nem contas de merceeiro sabiam fazer.

Vejamos as contas do País agora apresentadas no OE 2012:

O Estado arrecadará 72 Mil Milhões de Euros em impostos (já com a subida do IVA).

Gastará em prestações sociais 35,6 Mil Milhões.

Gastará em vencimentos dos Funcionários Públicos 19 Mil Milhões.

Ou seja, já só nos restam 15 Mil Milhões de Euros.

Desses, 8,8 Mil Milhões serão para pagar juros (apenas juros, atenção)

Sobram, por isso, menos de 7 Mil Milhões de Euros, o que já não chega para pagar despesa corrente do Estado.
Chegámos aqui, sem fazer investimento algum e já não temos dinheiro.

Fazer estas contas e imaginarmos que esse irresponsável chamado Sócrates e o não menos inimputável Teixeira dos Santos (e todos os outros que os deixámos, incluindo eu) ainda queriam continuar na loucura da construção absurda de auto-estradas onde não passam carros, aeroportos onde não aterram aviões e fichas para carros elétricos sendo que estes não existem… é pensarmos que estivemos entregues a verdadeiros assassinos do Estado Social.
A defesa do Estado Social, faliu-o e, neste momento, não interessa sequer pensarmos em cortar em 1/3 daquilo que é a despesa total do Estado enquanto não se mudar o paradigma do Estado Social. Prestações sociais mais salários são dois terços da despesa total. Se não cortarmos aí nos próximos anos de forma substantiva e “ideológica”, mudando alguns paradigmas constitucionais, não nos resta senão sermos um país indigente e definhante.

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