Vamos chegar ao dia das eleições sem que um único jornalista consiga  perguntar a Sócrates quem seria o seu Ministro das Finanças caso  ganhasse. A pergunta, feita por variadíssimas vezes a Passos Coelho,  aplicava-se muito mais a Sócrates. Afinal, o PSD mostrou ter massa  crítica e mostrou rostos da sua política de finanças. Já o PS, que  durante seis anos se amarrou às políticas de Teixeira dos Santos, ficou  orfão do seu "guru das finanças". Se vamos partir para um período de  governação em que, mais do que qualquer outra coisa, é preciso executar  com rigor uma política económica e financeira que cumpra um acordo que é  fundamentalmente financeiro, não haver um jornalista a perguntar ao  Primeiro-Ministro demissionário com quem conta nesta matéria é não  apenas muito estranho como até irresponsável. Jornalisticamente a  questão faz tanto mais sentido quanto, em todo o período de pré-campanha  e campanha eleitoral, não apareceu um único economista reconhecido ou  reconhecível ao lado de Sócrates ou, mesmo longe dele, que defendesse  uma única das suas medidas ou políticas e o seu ex-ministro das finanças e outros ex-ministros socialistas e economistas ligados ao PS não se cansam de "desancar" a governação do Governo que agora termina funções.
 
 
É verdade, mas do mesmo modo que não perguntam e Sócrates omite, Deus nos livre que alguma vez o PSD, caso seja responsável por formar governo, coloque na pasta das Finanças o economista do "pintelho",que simulou "negociar" com a "troika" que nos impõe medidas draconianas para gáudio do sector financeiro e de grupos económicos vorazes, e ainda acha pouco, querendo impor medidas mais gravosas do que as que aceitou no memorando!
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