Ou seja, nos primeiros 75 dias do ano, o Benfica não teve em média sequer quatro dias entre jogos (3,9 dias entre jogos). Já o Porto teve 5,3 dias entre cada jogo, quase um dia e meio a mais. Nesse período, o Benfica venceu 16 jogos, contra apenas 10 do Futebol Clube do Porto, empatou os mesmos três mas não perdeu nenhum, o que aconteceu ao Porto. Quanto a golos marcados e sofridos, o Benfica concretizou por 46 vezes, contra apenas 27 dos portistas (19 golos de diferença). O Porto leva vantagem em golos sofridos (apenas 7) contra 11 do Benfica. Contudo, a média de golos sofridos por Porto e Benfica no mesmo período não é muito diferente (0,6 contra 0,5). Já nos golos marcados, o Benfica leva a impressionante média de 2,4 golos por jogo e o Porto apenas 1,3. Se apertarmos a malha, esta superioridade do Benfica é tanto maior quanto nos aproximamos da data de hoje. Ou seja, se pensarmos apenas em Março, por exemplo, veremos que o Porto conta uma vitória, uma derrota e um empate nos três jogos disputados e 3 golos marcados e outros tantos sofridos, o que duplica a média de golos sofridos para o Porto e baixa radicalmente a de golos marcados. Já o Benfica, em Março, apesar de um calendário de quatro jogos, venceu-os todos, tendo marcado 10 golos (mais sete que o Porto) e sofrido apenas dois (menos um do que o Porto).
Perante estes números – não bastasse o que se vai vendo em campo – fica clara a evidente e crescente diferença de forma entre as duas equipas e a incapacidade notória que o Porto tem tido em gerir o esforço do seu plantel em função de um calendário bem mais favorável e com muito menos pressão do que o do Benfica. Todos os indicadores (golos marcados, sofridos, rácio de vitória e pontual) têm vindo a cair para o Futebol Clube do Porto. Já quanto o Benfica tem conseguido não apenas manter o ritmo mas melhorar o único aspeto em que, em termos estatísticos, perdia para o Futebol Clube do Porto (a defesa). Se virmos atentamente, antes do jogo com o Bordéus o Benfica sofreu apenas um golo em oito jogos e mesmo os dois sofridos em França colocam o Benfica com tantos golos sofridos nos últimos nove jogos como o Porto em três.Não sei quem será campeão, mas estes números só podem ter uma leitura: um Porto em clara queda e um Benfica a fazer aquilo que não conseguiu fazer nos últimos anos nesta altura da época. A única coisa que peço é que, da próxima vez que falarem de “gestão de plantel” e se caia na idiotice de criticar Jorge Jesus por esse motivo, se olhe para estes números, se medite um pouco e se vá pedir responsabilidades a Vítor Pereira e, já agora, à direção do Futebol Clube do Porto por não ter sabido construir um plantel capaz para esta temporada.
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