Sou de opinião que todas as críticas são legítimas. Mesmo as
disparatadas e que nos fazem rir. Contudo, algumas pessoas deveriam ter
respeito por si próprias e em certas ocasiões estarem caladas. Ouvir Carlos
Queiroz – um dos dois Selecionadores nacionais que teve oportunidade de o ser
duas vezes – dizer disparates desqualifica a pouca competência que ainda lhe
poderia reconhecer. É preciso recordar que nos últimos 30 anos, Carlos Queiroz
fez duas das três piores qualificações de Portugal. Numa não fomos qualificados
e na outra passamos no play-off, depois de um dos piores scores de golos de
sempre da Seleção nacional. Nesse Mundial, Queiroz acabou apurado no grupo de
qualificação onde havia uma coisa chamada Coreia do Norte, com 5 pontos. Foi
eliminado nos oitavos de final. Ouvir Queiroz, que depois nos deixou nas ruas
da amargura com 1 ponto em dois jogos de qualificação, dizer que “comigo já
estávamos qualificados”; como ouvi-lo agora dar palpites sobre a qualificação
de Portugal nuns quartos-de-final onde nunca esteve nem com nenhuma Seleção nem
com nenhum clube por onde tenha passado, é ainda mais ridículo. Tanto mais, que
Queiroz sustenta as suas considerações falando em “espírito de grupo” e de
equipa quando toda a gente sabe por onde andou esse espírito quando foi
Selecionador. Portugal foi qualificado para os quartos-de-final como a quarta
Seleção neste Europeu, apesar de ter calhado no grupo mais forte – não era
apenas teórico, foi mesmo o mais forte – deve por isso concentrar-se naquilo
que é importante em lugar de continuar a ouvir Carlos Queiroz queimar a réstia
de respeito que ainda tinha por ele e que já vem de longe, muito longe, de
quando Figo ainda era um miúdo.
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